22/Jun
Consórcio de imóveis
O consórcio de imóveis tem se mostrado uma excelente alternativa para quem adquirir um imóvel sem financiamento bancário. A modalidade já é usada por mais de 7 milhões de brasileiros. Entre suas vantagens o não pagamento de juros é um destaque.
Porém, o consorciado terá que pagar taxa de administração, seguro e fundo de reserva em algumas empresas. Todos esses custos juntos costumam representar mais de 20% do valor do imóvel. Vale se certificar de tudo antes de comprar o consórcio. Pergunte qual é o custo efetivo total (CET) da operação, que deverá incluir todas essas despesas. Apesar desses custos, as parcelas do consórcio são livres de impostos como, por exemplo, o IOF (Imposto de Operações Financeiras). Cheque, também, se a administradora está autorizada a funcionar pelo Banco Central. No Brasil, já houve casos de administradoras de consórcios não-autorizadas que fugiam com o dinheiro dos participantes.
O consórcio funciona assim: a administradora do consórcio reúne um grupo de pessoas com o objetivo comum de comprar o mesmo bem. A cada mês, o dinheiro das parcelas pago por todos os participantes é usado para que ao menos dois deles possam fazer a aquisição.
São duas as formas de ser contemplado. Dar um lance ou ser sorteado. A pessoa sorteada receberá uma carta de crédito no valor definido no começo do consórcio e poderá usá-la para comprar seu imóvel. No caso de lance, o maior leva a carta de crédito. Cada um dos integrantes do grupo poderá decidir quanto deseja antecipar do pagamento. Suponha que você aceite quitar 50% da dívida e ninguém esteja disposto a dar um lance maior, você será contemplado com a carta de crédito.
Ou seja, essa modalidade é ótima para quem não tem pressa em adquirir um imóvel ou que já tem dinheiro para um lance competitivo e até para aqueles que não tem dinheiro para dar a entrada em um financiamento imobiliário.
No entanto, como todo investimento, o consórcio também traz riscos. O principal é o preço dos imóveis subir muito e a correção da carta de crédito não ser suficiente para comprar a residência no padrão desejado. No consórcio imobiliário, tanto o valor da carta de crédito que será disponibilizada a quem for contemplado quanto o saldo devedor dos participantes é corrigido uma vez ao ano pelo INCC. O problema é que algumas vezes os preços dos imóveis sobem mais que os custos das construtoras e, nesses casos, quem compra a residência lá na frente usando a carta de crédito poderá ter de se contentar com uma propriedade de padrão inferior ao que imaginou.
Fonte: InfoMoney